sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Nota de Repúdio ao Partido PSC

Há pouco tempo atrás, foi ao ar, em rede nacional, uma propaganda partidária do “Partido Social Cristão”, que tinha como único intuito, o menosprezo com relação à comunidade dos homo-afetivos.

A “justificativa” para tal obscenidade, concentrou-se na suposta compreensão do conceito de família que seria, por esses homo-fóbicos, tolerada.

Uma das argumentações era a de que uma criança criada por pais homossexuais seria “corrompida” por seus pais adotivos, que logo, a incentivariam a ser homossexual também.

Tal afirmação imediatamente cai sobre terra, quando levamos em consideração que grande parte, se não todos, os que na atualidade se reconhecem como homo-afetivos, tiveram pais heterossexuais e que, na maioria das vezes, eram extremamente repressores ao comportamento dos filhos.

 Isso nos faz pensar: será que realmente a marginalização dos homossexuais, como o querem esses partidos que propõem a intolerância como forma de atuação na sociedade, realmente tem boa repercussão em nosso mundo?

   Contudo, não entendo como ninguém percebe que os agressores e assassinos dos membros do grupo aqui defendido, enxergam nesse posicionamento excludente, um motivo para continuarem com tais atrocidades.

     O nazismo matou milhares de pessoas, entre essas, os homossexuais. Será que ainda há espaço para posicionamentos tão cruéis em nosso meio social?

   Será que é bem melhor uma criança morando nas ruas e entregues ao mundo do crime e a mendicidade para sustentar o consumo de drogas, do que uma criança ter pais homossexuais, acesso a uma educação de qualidade e boas condições de vida?

    É lamentável que o PSC não seja responsabilizado por tais acusações levianas e sectárias.

terça-feira, 18 de junho de 2013

PRIMAVERA BRASILEIRA: a participação paraense


Como um integrante do movimento anarquista da Cidade de Belém-PA, confesso que fiquei bastante eufórico quando cheguei ao bairro de São Braz e avistei os anarquistas e anarco-punks, em cima de um monumento histórico, gritando palavras de ordem e erguendo a bandeira da liberdade (anarquismo). Naquele momento, tive a certeza de que a manifestação não havia sido arquitetada para servir de palanque político de pelegos oportunistas que objetivam, não as lutas sociais, mas sim, pontos favoráveis na época das eleições.
 
 
Além dos libertários, que por natureza são apartidários, mas não apolíticos, a população, composta por estudantes, trabalhadores, tribos urbanas, jovens e partidário (que tinham como único objetivo o apoio para este grande levante popular), participou em peso e se fez presente quando, em determinados momentos, algumas pessoas tentavam se promover dentre a multidão (referência ao oportunismo do PSTU que tentou forçar uma identificação da manifestação com a atuação do partido, fato comum no início das atividades do PT).  
 
 
A pauta da manifestação transcendeu a indignação contra as péssimas condições dos ônibus, os preços abusivos e as obras do BRT (obra eleitoreira que foi abandonada com o fim das eleições para prefeito) que causa transtornos no transito e inferniza a vida dos estudantes e trabalhadores.
 
Cartazes que pediam investimento na educação, o fim das obras superfaturadas para a Copa do Mundo, o fim da corrupção, a punição de políticos corruptos e o fim da PEC 37, poderiam ser lidos a em toda manifestação.
 
Durante o trajeto do evento, por cerca de 15 minutos, os manifestantes, com gritos de "Ficha Suja", atacavam verbalmente a carreira política do Político paraense Jader Barbalho, dono da emissora de televisão RBA e do periódico O Diário do Pará. Os gritos ocorreram em frente ao prédio da RBA e, nem mesmo a presença dos policiais, foi capaz de demover a "Voz do Povo".



O evento teve a duração de aproximadamente 3 horas e foi um movimento pacífico. Graças ao povo o evento foi um sucesso e teve grande repercussão na mídia regional e nacional. Os anarquistas estiveram presentes e procuraram manter vivo o espírito da resistência desde o início ao fim da manifestação. Não demonstramos subordinação a nenhum grupo, nem abandonamos nossos ideais, no caso, o apoio a atuação popular.


 


terça-feira, 23 de abril de 2013

Boas novas (notas sobre o casamento gay na França)

 
Sempre fui apologético as lutas sociais travadas pelos marginalizados e oprimidos em prol dos seus direitos e liberdades. Hoje, através das manchetes de jornais e de reportagens na internet, tive acesso a uma recente vitória dos nossos amigos na luta por liberdade, no caso, o direito ao casamento gay na França.
Todavia, a luta ainda não chegou ao fim, pois, a diferença sempre vai existir, bem como, os descontentes, mas, ao menos, os "muros de Berlim" que tanto separam as pessoas em classes, vão caindo e vamos nos tornando um único povo. Cada vez mais, percebo que o futuro do mundo é o anarquismo.
Enquanto o Comunismo e o Capitalismo separa o mundo em classes, sejam elas, os ricos e pobres, os gays e os héteros, os brancos dos negros, e assim por diante, as barreiras vão sendo implodidas. Esta é a hora do movimento anarquista se fortalecer, pois, percebo que nós, os anarquistas, devemos estar atentos para darmos o golpe final nas injustiças desta eterna briga de classes entre capitalistas e comunistas que sempre separaram o mundo em polos. 
 

O ódio egoista põe abaixo o Espaço Cultural Mikhail Bakunin

 
 
É com grande tristeza no coração que sou obrigado a falar sobre o fim do Centro Cultural de Apoio Mutuo, Mikhail Bakunin, que funcionava na cidade de Belém do Pará sem o apoio de empresas e do governo.
 
Como se já não bastasse este derradeiro e triste fato, tanto para o movimento anarquista, quanto para a cidade de Belém (o Centro desempenhava um papel importante para o local onde atuava, Conjunto Panorama XXI,  pois disponibilizava aulas de música, artes visuais como grafite, pintura e desenho, além de palestras sobre o movimento anarquista), ainda houve um agravante, no caso, o fio condutor que gerou o fim do Centro.
 
Devido as ações de integrantes de partidos ligados a esquerda comunista-bolchevista que atuam na capital paraense, o Centro Mikhail Bakunin acabou sendo boicotado e, consequentemente, riscado do mata.
 
Através de calúnias e interesses mesquinhos, os habitantes do Conjunto Panorama XXI foram induzidos a verem com maus olhos a iniciativa anarquista e, sendo usados como massas de manobra, foram automaticamente conduzidos a rejeitar o Centro Cultural.
 
Para que possamos entender melhor, trago as palavras de Marcos Moraes, um dos anarquistas mais envolvidos com as lutas sociais e anarquistas em Belém, e um dos principais idealizadores do Centro Mikhail Bakunin.  
 
 
OS MILITARES ENTREGARAM SUA DITADURA NAS MÃOS DOS CIVÍS
(POR-MARCOS MORAES)

O ESPAÇO CULTURAL MIKHAIL BAKUNIN NÃO VAI MAIS SER UM ESPAÇO ANARQUISTA POR CAUSA DO BOICOTE DE PARTIDOS POLITICOS DE ESQUERDA COMO:O PC DO B,PT,PSOL ETC...ELES ANDARAM ATÉ ESPALHANDO PELO CONJUNTO COM APOIO DAS COMUNIDADES COMO A IGREJA CATÓLICA,QUE NOSSO ESPAÇO QUE FUNCIONAVA COMO:ESPAÇO CULTURAL,COOPERATIVA DE APOIO MUTÚO E SINDICATO ERA UMA ORGANIZAÇÃO POLITICA TERRORISTA E DE MAL ELEMENTOS MAL INTENSIONADOS,QUE VISAVAM APENAS BADERNAR E PRÁTICAR ATOS ILICITOS,UMA IRMÃ DE UM VEREADOR DO PSOL FOI ATÉ O ESPAÇO HÁ ALGUNS MÊSE ATRÁS "TENTAR CORROMPER UM DOS NOSSOS MILITANTE4S QUE CEDEU GENTILMENTE SUA CASA",NÓS RESISTIMOS BRAVAMENTE POR EXATOS 3 MÊSES SEM APOIO DE PÔRRA NENHUMA DE GOVERNO MUNICIPAL OU ESTADUAL,PROCUREI A POLICIA FEDERAL E A POLICIA CIVIL PRA ABRIR PROCESSO CONTRA ESSA PERSEGUIÇÃO EXPLICITAMENTE POLITICA E ESSE MAL CARATISMO DA ESQUERDA COM SUAS MENTIRAS E CALÚNIAS,MAS COMO SOMOS UM MOVIMENTO DE CARATER REVOLUCIONARIO E NÃO TEMOS O CULHÃO PRESO À QUALQUER INSTITUIÇÃO,NADA FOI RESOLVIDO,NEM SEQUER FUI OUVIDO...
 
 
 
 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Mantendo o fogo do Anarquismo no coração da capital paraense.

Havia poucas pessoas na manifestação que ocorreu hoje pela manhã. Uma manifestação em prol dos trabalhadores, das mulheres e contra as barragens da usina de Belo Monte.

Entre os participantes estavam integrantes do MST, jovens partidários e os trabalhadores da usina de Belo monte.
Entre as queixas estavam: o regime de semiescravidão (onde os trabalhadores vivem um mês inteiro morando e trabalh...ando todos os dias dentro da usina, sendo que o único dia de folga vem a ser o dia de receber o salário de 500 reais, é apenas neste momento que os trabalhadores são liberados para irem para a cidade); e os impactos derivados da construção da usina.

Fui o único representante dos anarquistas de Belém que participou do evento. Mesmo assim, eu estava lá, firme e forte para manter vivo o fogo da Anarquia no coração da capital paraense.
 
 

 

 
 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Manifestação contra o aumento da passagem de ônibus

No dia 14 de agosto de 2012, ocorreu a segunda etapa da manifestação contra o aumento da passagem de ônibus na capital de Belém do Pará, nas proximidades da sede da Prefeitura. A primeira manifestação que sofreu com a repressão violenta da Guarda Municipal juntou aproximadamente 200 estudantes, as alas jovens de partidos como PSTU e PSOL e deixou um sentimento de revolta nos participantes do evento. Todavia, a segunda manifestação foi pacífica e findou as 12:00h da tarde.
 
Como já era de se esperar, a ação popular foi marginalizada nas mídias e por alguns membros da população paraense, como alguns trabalhadores que ficaram presos nos engarrafamentos que ocorreram nos dois eventos e, na voz de alguns anônimos que deixaram seus comentários em vídeos publicados no youtube.

 

 
Infelizmente, poucos representantes do movimento anarquista estavam presentes. Para falar a verdade, fui o único a comparecer e contei com o apoio de um mombro do movimento punk que, aliás, são grandes colaboradores para a difusão do pensamento anarquista em Belém. Pelo menos, tivemos uma vitória. Não o movimento anarquista, mas a população belenense, uma vez que foi eleita uma comissão para dialogar com o prefeito.
Enquanto isso, estamos no aguardo!

Repúdio ao academicismo que nada fecunda na sociedade

É com tristes pesares e com uma pontinha generosa de decepção, que me posiciono de uma forma ruim ao atual estágio em que chegou o academicismo em nosso tão "maltratado" país. Caso esse que é no mínimo lamentável. Se levarmos em consideração o tempo utilizado pela maior parte dos acadêmicos para a compilação de seus escritos científicos, e até mesmo os estudos científicos que tanto poderiam, na medida do possível, influenciar na criação de uma melhor relação de "respeito para com as diferenças". Ficaríamos profundamente perplexos com o fato de a maior parte dessas produções não terem o menor objetivo de transcender as hermeticamente fechadas "prisões" universitárias.

Mas, como se já não basta-se o fato a pouco citado, também temos por conta do academicismo exacerbado, pouco interesse dos graduandos, mestres e doutores em se envolverem em políticas públicas ou em produções jornalísticas, pelo simples fato de que este tipo de produção não tem uma relação muito estreita com a científico, uma vez que seu objectivo é o de expor fatos ocorridos sem a necessidade de embasamento teórico e o compromisso com uma escrita mais trabalhada (se bem que, nem os cientistas atuais estão escrevendo de uma forma mais trabalhada).

Voltamos á caverna de Platão! Livrei-me das correntes que me prendiam dentro da caverna, vi a luz (o que está acontecendo), e tentei informar os que, assim como eu me encontrava, estavam na caverna do "descaso para com o público e na falta de informação".

Alguns não concordaram com o que eu disse e outros nem se atreverão em pensar algo. Fazer o que? todos só estão interessados no que a banca avaliadora de seus trabalhos, dirá, e o mundo que continue o imenso caos que o é.

Assim como Zaratustra, em uma dada manhã, pude ver de "minha montanha" e na companhia de meus "amigos-animais", o sol que só tinha o sentido de existir se fosse pra iluminar o mundo, tentei iluminar a cabeça dos poucos acadêmicos que lerem estas linhas. como Zaratustra, falharei em minha missão.