Há
pouco tempo atrás, foi ao ar, em rede nacional, uma propaganda partidária do “Partido Social Cristão”, que tinha como
único intuito, o menosprezo com relação à comunidade dos
homo-afetivos.
A
“justificativa” para tal obscenidade, concentrou-se na suposta compreensão do
conceito de família que seria, por esses homo-fóbicos, tolerada.
Uma
das argumentações era a de que uma criança criada por pais homossexuais seria
“corrompida” por seus pais adotivos, que logo, a incentivariam a ser homossexual
também.
Tal
afirmação imediatamente cai sobre terra, quando levamos em consideração que
grande parte, se não todos, os que na atualidade se reconhecem como
homo-afetivos, tiveram pais heterossexuais e que, na maioria das vezes, eram
extremamente repressores ao comportamento dos filhos.
Isso
nos faz pensar: será que realmente a marginalização dos homossexuais, como o
querem esses partidos que propõem a intolerância como forma de atuação na
sociedade, realmente tem boa repercussão em nosso mundo?
Contudo, não entendo como ninguém percebe que os agressores e assassinos
dos membros do grupo aqui defendido, enxergam nesse posicionamento excludente,
um motivo para continuarem com tais atrocidades.
O
nazismo matou milhares de pessoas, entre essas, os homossexuais. Será que ainda
há espaço para posicionamentos tão cruéis em nosso meio
social?
Será
que é bem melhor uma criança morando nas ruas e entregues ao mundo do crime e a
mendicidade para sustentar o consumo de drogas, do que uma criança ter pais
homossexuais, acesso a uma educação de qualidade e boas condições de vida?
É
lamentável que o PSC não seja responsabilizado por tais acusações levianas e
sectárias.