terça-feira, 18 de junho de 2013

PRIMAVERA BRASILEIRA: a participação paraense


Como um integrante do movimento anarquista da Cidade de Belém-PA, confesso que fiquei bastante eufórico quando cheguei ao bairro de São Braz e avistei os anarquistas e anarco-punks, em cima de um monumento histórico, gritando palavras de ordem e erguendo a bandeira da liberdade (anarquismo). Naquele momento, tive a certeza de que a manifestação não havia sido arquitetada para servir de palanque político de pelegos oportunistas que objetivam, não as lutas sociais, mas sim, pontos favoráveis na época das eleições.
 
 
Além dos libertários, que por natureza são apartidários, mas não apolíticos, a população, composta por estudantes, trabalhadores, tribos urbanas, jovens e partidário (que tinham como único objetivo o apoio para este grande levante popular), participou em peso e se fez presente quando, em determinados momentos, algumas pessoas tentavam se promover dentre a multidão (referência ao oportunismo do PSTU que tentou forçar uma identificação da manifestação com a atuação do partido, fato comum no início das atividades do PT).  
 
 
A pauta da manifestação transcendeu a indignação contra as péssimas condições dos ônibus, os preços abusivos e as obras do BRT (obra eleitoreira que foi abandonada com o fim das eleições para prefeito) que causa transtornos no transito e inferniza a vida dos estudantes e trabalhadores.
 
Cartazes que pediam investimento na educação, o fim das obras superfaturadas para a Copa do Mundo, o fim da corrupção, a punição de políticos corruptos e o fim da PEC 37, poderiam ser lidos a em toda manifestação.
 
Durante o trajeto do evento, por cerca de 15 minutos, os manifestantes, com gritos de "Ficha Suja", atacavam verbalmente a carreira política do Político paraense Jader Barbalho, dono da emissora de televisão RBA e do periódico O Diário do Pará. Os gritos ocorreram em frente ao prédio da RBA e, nem mesmo a presença dos policiais, foi capaz de demover a "Voz do Povo".



O evento teve a duração de aproximadamente 3 horas e foi um movimento pacífico. Graças ao povo o evento foi um sucesso e teve grande repercussão na mídia regional e nacional. Os anarquistas estiveram presentes e procuraram manter vivo o espírito da resistência desde o início ao fim da manifestação. Não demonstramos subordinação a nenhum grupo, nem abandonamos nossos ideais, no caso, o apoio a atuação popular.


 


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