terça-feira, 23 de abril de 2013

Boas novas (notas sobre o casamento gay na França)

 
Sempre fui apologético as lutas sociais travadas pelos marginalizados e oprimidos em prol dos seus direitos e liberdades. Hoje, através das manchetes de jornais e de reportagens na internet, tive acesso a uma recente vitória dos nossos amigos na luta por liberdade, no caso, o direito ao casamento gay na França.
Todavia, a luta ainda não chegou ao fim, pois, a diferença sempre vai existir, bem como, os descontentes, mas, ao menos, os "muros de Berlim" que tanto separam as pessoas em classes, vão caindo e vamos nos tornando um único povo. Cada vez mais, percebo que o futuro do mundo é o anarquismo.
Enquanto o Comunismo e o Capitalismo separa o mundo em classes, sejam elas, os ricos e pobres, os gays e os héteros, os brancos dos negros, e assim por diante, as barreiras vão sendo implodidas. Esta é a hora do movimento anarquista se fortalecer, pois, percebo que nós, os anarquistas, devemos estar atentos para darmos o golpe final nas injustiças desta eterna briga de classes entre capitalistas e comunistas que sempre separaram o mundo em polos. 
 

O ódio egoista põe abaixo o Espaço Cultural Mikhail Bakunin

 
 
É com grande tristeza no coração que sou obrigado a falar sobre o fim do Centro Cultural de Apoio Mutuo, Mikhail Bakunin, que funcionava na cidade de Belém do Pará sem o apoio de empresas e do governo.
 
Como se já não bastasse este derradeiro e triste fato, tanto para o movimento anarquista, quanto para a cidade de Belém (o Centro desempenhava um papel importante para o local onde atuava, Conjunto Panorama XXI,  pois disponibilizava aulas de música, artes visuais como grafite, pintura e desenho, além de palestras sobre o movimento anarquista), ainda houve um agravante, no caso, o fio condutor que gerou o fim do Centro.
 
Devido as ações de integrantes de partidos ligados a esquerda comunista-bolchevista que atuam na capital paraense, o Centro Mikhail Bakunin acabou sendo boicotado e, consequentemente, riscado do mata.
 
Através de calúnias e interesses mesquinhos, os habitantes do Conjunto Panorama XXI foram induzidos a verem com maus olhos a iniciativa anarquista e, sendo usados como massas de manobra, foram automaticamente conduzidos a rejeitar o Centro Cultural.
 
Para que possamos entender melhor, trago as palavras de Marcos Moraes, um dos anarquistas mais envolvidos com as lutas sociais e anarquistas em Belém, e um dos principais idealizadores do Centro Mikhail Bakunin.  
 
 
OS MILITARES ENTREGARAM SUA DITADURA NAS MÃOS DOS CIVÍS
(POR-MARCOS MORAES)

O ESPAÇO CULTURAL MIKHAIL BAKUNIN NÃO VAI MAIS SER UM ESPAÇO ANARQUISTA POR CAUSA DO BOICOTE DE PARTIDOS POLITICOS DE ESQUERDA COMO:O PC DO B,PT,PSOL ETC...ELES ANDARAM ATÉ ESPALHANDO PELO CONJUNTO COM APOIO DAS COMUNIDADES COMO A IGREJA CATÓLICA,QUE NOSSO ESPAÇO QUE FUNCIONAVA COMO:ESPAÇO CULTURAL,COOPERATIVA DE APOIO MUTÚO E SINDICATO ERA UMA ORGANIZAÇÃO POLITICA TERRORISTA E DE MAL ELEMENTOS MAL INTENSIONADOS,QUE VISAVAM APENAS BADERNAR E PRÁTICAR ATOS ILICITOS,UMA IRMÃ DE UM VEREADOR DO PSOL FOI ATÉ O ESPAÇO HÁ ALGUNS MÊSE ATRÁS "TENTAR CORROMPER UM DOS NOSSOS MILITANTE4S QUE CEDEU GENTILMENTE SUA CASA",NÓS RESISTIMOS BRAVAMENTE POR EXATOS 3 MÊSES SEM APOIO DE PÔRRA NENHUMA DE GOVERNO MUNICIPAL OU ESTADUAL,PROCUREI A POLICIA FEDERAL E A POLICIA CIVIL PRA ABRIR PROCESSO CONTRA ESSA PERSEGUIÇÃO EXPLICITAMENTE POLITICA E ESSE MAL CARATISMO DA ESQUERDA COM SUAS MENTIRAS E CALÚNIAS,MAS COMO SOMOS UM MOVIMENTO DE CARATER REVOLUCIONARIO E NÃO TEMOS O CULHÃO PRESO À QUALQUER INSTITUIÇÃO,NADA FOI RESOLVIDO,NEM SEQUER FUI OUVIDO...
 
 
 
 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Mantendo o fogo do Anarquismo no coração da capital paraense.

Havia poucas pessoas na manifestação que ocorreu hoje pela manhã. Uma manifestação em prol dos trabalhadores, das mulheres e contra as barragens da usina de Belo Monte.

Entre os participantes estavam integrantes do MST, jovens partidários e os trabalhadores da usina de Belo monte.
Entre as queixas estavam: o regime de semiescravidão (onde os trabalhadores vivem um mês inteiro morando e trabalh...ando todos os dias dentro da usina, sendo que o único dia de folga vem a ser o dia de receber o salário de 500 reais, é apenas neste momento que os trabalhadores são liberados para irem para a cidade); e os impactos derivados da construção da usina.

Fui o único representante dos anarquistas de Belém que participou do evento. Mesmo assim, eu estava lá, firme e forte para manter vivo o fogo da Anarquia no coração da capital paraense.
 
 

 

 
 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Manifestação contra o aumento da passagem de ônibus

No dia 14 de agosto de 2012, ocorreu a segunda etapa da manifestação contra o aumento da passagem de ônibus na capital de Belém do Pará, nas proximidades da sede da Prefeitura. A primeira manifestação que sofreu com a repressão violenta da Guarda Municipal juntou aproximadamente 200 estudantes, as alas jovens de partidos como PSTU e PSOL e deixou um sentimento de revolta nos participantes do evento. Todavia, a segunda manifestação foi pacífica e findou as 12:00h da tarde.
 
Como já era de se esperar, a ação popular foi marginalizada nas mídias e por alguns membros da população paraense, como alguns trabalhadores que ficaram presos nos engarrafamentos que ocorreram nos dois eventos e, na voz de alguns anônimos que deixaram seus comentários em vídeos publicados no youtube.

 

 
Infelizmente, poucos representantes do movimento anarquista estavam presentes. Para falar a verdade, fui o único a comparecer e contei com o apoio de um mombro do movimento punk que, aliás, são grandes colaboradores para a difusão do pensamento anarquista em Belém. Pelo menos, tivemos uma vitória. Não o movimento anarquista, mas a população belenense, uma vez que foi eleita uma comissão para dialogar com o prefeito.
Enquanto isso, estamos no aguardo!

Repúdio ao academicismo que nada fecunda na sociedade

É com tristes pesares e com uma pontinha generosa de decepção, que me posiciono de uma forma ruim ao atual estágio em que chegou o academicismo em nosso tão "maltratado" país. Caso esse que é no mínimo lamentável. Se levarmos em consideração o tempo utilizado pela maior parte dos acadêmicos para a compilação de seus escritos científicos, e até mesmo os estudos científicos que tanto poderiam, na medida do possível, influenciar na criação de uma melhor relação de "respeito para com as diferenças". Ficaríamos profundamente perplexos com o fato de a maior parte dessas produções não terem o menor objetivo de transcender as hermeticamente fechadas "prisões" universitárias.

Mas, como se já não basta-se o fato a pouco citado, também temos por conta do academicismo exacerbado, pouco interesse dos graduandos, mestres e doutores em se envolverem em políticas públicas ou em produções jornalísticas, pelo simples fato de que este tipo de produção não tem uma relação muito estreita com a científico, uma vez que seu objectivo é o de expor fatos ocorridos sem a necessidade de embasamento teórico e o compromisso com uma escrita mais trabalhada (se bem que, nem os cientistas atuais estão escrevendo de uma forma mais trabalhada).

Voltamos á caverna de Platão! Livrei-me das correntes que me prendiam dentro da caverna, vi a luz (o que está acontecendo), e tentei informar os que, assim como eu me encontrava, estavam na caverna do "descaso para com o público e na falta de informação".

Alguns não concordaram com o que eu disse e outros nem se atreverão em pensar algo. Fazer o que? todos só estão interessados no que a banca avaliadora de seus trabalhos, dirá, e o mundo que continue o imenso caos que o é.

Assim como Zaratustra, em uma dada manhã, pude ver de "minha montanha" e na companhia de meus "amigos-animais", o sol que só tinha o sentido de existir se fosse pra iluminar o mundo, tentei iluminar a cabeça dos poucos acadêmicos que lerem estas linhas. como Zaratustra, falharei em minha missão.

A vergonha em ser humano

  • Sobre a irracional homofobia
É incrível como certas estruturas de pensamento acabam por se cristalizar no meio social fortalecendo sobremaneira a exclusão de alguns grupos dentro da nossa sociedade.
Chega a ser até vergonhoso, quando me deparo com comentários discriminatórios disfarçados de uma moral religiosa e cristã. Tais comentários, embasados pela liberdade de um país supostamente laico, disseminam intolerância e violência verbal.
Não raro, esses posicionamentos são reafirmados em nosso cotidiano, por meio das grandes mídias e dos púlpitos religiosos que, ao invés de se preocuparem com as condições sociais conflituosas tão presente em nossos dias, simplesmente reforçam a subjugação dos outros agentes sociais.
Ao perceber o conteúdo excludente desses posicionamentos supostamente religiosos, automaticamente vem à cabeça, ao menos nos seres mais esclarecidos, a seguinte pergunta: onde está a compaixão cristã em tal intolerância?
Francamente, não há como perceber na célebre frase “amai ao próximo como a si mesmo”, a ação de algumas pessoas que, na atualidade, se dizem religiosas.
É evidente que a agressão a outro ser humano não é defendida pelos grupos religiosos ligados a um pensamento ortodoxo cristão, todavia, não há como, ingenuamente, fingir que tais posicionamentos de marginalização dos homo afetivos não repercutem de uma forma violenta no contexto social em que vivemos.
Proponho que Comecemos uma revolução primeiramente em nós mesmo, para no futuro, pensarmos em um mundo melhor.
Não há como esperar um mundo igualitário, sem roubos, sem abusos, sem corrupções, se ao mesmo tempo, fomentarmos a desigualdade social entre os próprios homens.